ChatGPT

“Acredito que o desenvolvimento pleno

da inteligência artificial poderia

significar o fim da raça humana.

(Stephen Hawking).

No semestre passado, avaliei um TCC com uma escrita mecanizada e isso me incomodou demais. Fiz apontamentos no texto, sobretudo em trechos repletos de palavras técnicas, mas com pouco sentido. No entanto, também fiz a verificação em um software antiplágio, e o programa indicou um trabalho 100% autoral.

Há um tempo venho me preocupando com as diversas IA disponíveis gratuitamente na Internet para substituir exercícios cognitivos humanos para aprendizagem e tenho buscado compreender como lidar com essa situação em sala de aula. Obviamente que ainda não há respostas para isso, uma vez que o robô, ao receber determinado comando, elabora um texto mediano. Mas, com um pequeno esforço, é possível reconhecer, por exemplo, que o texto é mecanizado e não espontâneo.

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Mas como podemos provar isso, se no texto não há plágio e o aluno entrega o que foi solicitado nos enunciados das atividades propostas?

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Até agora, o que venho notando é que não dá mais para solicitar um texto avulso, ainda que esteja contextualizado com as temáticas das aulas. A ideia inicial é articular essa produção textual a uma apresentação oral ou, até mesmo, questionamentos simples no momento da entrega, sem prévio aviso para o aluno. Além disso, desenvolver atividades em sala de aula de cunho argumentativo (também articulando oralidade e escrita) também é um caminho.

Ainda que tenhamos de nos adaptar às novas metodologias de ensino e tecnologias, leitura e escrita fazem parte do desenvolvimento cognitivo de nossos alunos e não podemos deixá-las de lado, pois isso nos apartaria do que é mais significativo no desenvolvimento intelectual humano.

Ainda sem respostas e para compreender melhor como lidar com essas questões, disponibilizo alguns materiais que tenho lido para entender como funciona essa ferramenta, para também compreender propostas inviáveis, como a do vídeo que o professor indica que “paguemos” com a mesma moeda, criando questões com IA, notícias, textos da revista Nature e, por fim, uma inovação: um editorial escrito com co-autoria do ChatGPT:

Link para acessar o ChatGPT: https://chat.openai.com/chat (é necessário login)

Vídeo para compreender melhor como a ferramenta funciona (mas com um exemplo péssimo do seu autor): https://www.youtube.com/watch?v=S9Er8PC9bbI

Notícia 1 sobre o ChatGPT: https://tvjornal.ne10.uol.com.br/noticias/tecnologia/2023/01/15152138-chatgpt-professor-descobre-uso-da-tecnologia-para-trabalhos-universitarios.html

Notícia 2: https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2022/12/08/chatgpt-conheca-o-robo-conversador-que-viralizou-por-ter-resposta-para-quase-tudo.ghtml

Artigos atuais (2023) da revista Nature (um dos periódicos mais importantes do mundo), sobre chat GPT:

Abstracts written by ChatGPT fool scientists (Resumos escritos por cientistas do ChatGPT enganam): https://www.nature.com/articles/d41586-023-00056-7

AI bot ChatGPT writes smart essays — should professors worry? (AI bot ChatGPT escreve ensaios inteligentes - os professores devem se preocupar?):

https://www.nature.com/articles/d41586-022-04397-7

E, por fim, o editorial de um periódico científico abaixo foi escrito com co-autoria do ChatGPT: http://www.periodicosibepes.org.br/index.php/recadm/article/view/3761/1167